“Seguir em frente e trabalhar pela melhora da qualidade de vida de nossos associados e de toda a categoria.” Essa é a missão de Odair Mariano, 51 anos, que reassumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense por decisão da juíza Carolina Andreoli Chaim Barreto, da 3ª Vara do Trabalho de Volta Redonda. A magistrada validou o modelo de gestão semipresidencialista da entidade, que opera com dois órgãos administrativos – a presidência e a executiva -, considerando o remanejamento realizado pelo G5 (executiva) conforme o estatuto.

Com dois anos restantes de mandato, Odair reafirma sua prioridade: a defesa dos direitos dos trabalhadores e a busca por melhores condições de vida. “Nosso compromisso é com os metalúrgicos e suas famílias. Vamos fortalecer a união da classe e garantir avanços, trabalhando com excelência para colher frutos e benefícios para todos”, destacou.

Negociações com a CSN

Entre os desafios, o presidente Odair Mariano mencionou a necessidade de antecipar as rodadas de negociação com a CSN, buscando ganhos reais para a categoria. No entanto, o sindicalista reconheceu as dificuldades em relação ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2025, cuja negociação foi interrompida devido a uma liminar judicial.

“A empresa deu um prazo de 30 dias para formar uma comissão e retomar o programa, mas a gestão anterior não conseguiu cumprir os prazos. Estamos empenhados para garantir que o benefício volte em 2026, pois ele é essencial para a categoria”, explicou.

Melhorias no plano de saúde

Outro ponto crítico abordado foi o plano de saúde Liv Saúde, cuja cobertura é atualmente restrita à região. Odair afirmou que o sindicato está negociando com a operadora para ampliar o atendimento. “É fundamental garantir que os trabalhadores e suas famílias tenham cobertura em outras regiões, seja em viagens ou mudanças”, enfatizou.

Banco de horas e atendimento jurídico

Leandro Vaz, diretor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos, por sua vez, destacou a necessidade de ajustes no banco de horas. “Embora as mudanças na legislação trabalhista permitam o atual modelo, muitas vezes o acúmulo de horas não traz benefícios reais aos trabalhadores. Vamos buscar acordos que transformem essas horas extras em ganhos concretos para a categoria”, afirmou.

Além disso, o Sindicato pretende ampliar o suporte jurídico aos associados. Vaz anunciou melhorias no atendimento, incluindo as áreas trabalhista, previdenciária, civil, criminal e de consumo. “Queremos oferecer um serviço jurídico completo e de qualidade, garantindo a proteção do trabalhador e de sua família”, reforçou.

Eventos e convivência

Para fortalecer os laços com os associados, o diretor Financeiro da entidade sindical, Alex Clemente, anunciou o retorno do tradicional show de prêmios, com edições previstas para março e dezembro. Os eventos acontecerão em um clube de Volta Redonda, ainda com datas a serem confirmadas.

“Nosso objetivo é resgatar a união entre os associados e mostrar a importância de um sindicato forte e unido”, explicou Clemente.

Atenção ao setor automotivo

O presidente Odair Mariano também destacou a importância de ampliar o olhar do sindicato para o setor automotivo, que emprega milhares de trabalhadores no Sul Fluminense. “É uma área essencial para a economia local e para a nossa categoria. Precisamos valorizar esse segmento”, concluiu.

Decisão judicial que alterou a presidência

Em 18 de dezembro, a Justiça do Trabalho validou o remanejamento de Edimar Miguel para o cargo de secretário de Organização por Local de Trabalho. A medida foi tomada pela executiva do sindicato após apontamentos de ausência em reuniões importantes, descumprimento de deliberações e nepotismo.

A juíza Carolina Andreoli Chaim Barreto enfatizou que a decisão seguiu o estatuto da entidade, respeitando o quórum necessário e os trâmites legais. Segundo a magistrada, a atuação sindical deve priorizar a coletividade, e não interesses individuais.

A sentença também anulou uma assembleia geral convocada por Edimar, considerada irregular, e impôs uma multa de R$ 1 mil para cada ato que dificulte as atividades administrativas da entidade.

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