Polícia Civil interdita casa de reabilitação em Piraí e prende responsável por armazenar alimentos impróprios

Policiais da 94ª Delegacia de Polícia, sob a coordenação do delegado Antonio Furtado, interditaram uma casa de reabilitação de dependentes químicos no bairro Varjão, em Piraí nesta segunda-feira (dia 10). O local já havia sido alvo de diversas intimações da Prefeitura desde setembro do ano passado e estava com determinação de interdição devido a irregularidades.

No momento da ação, cerca de 20 internos estavam na unidade, onde, além das condições precárias de acomodação, trabalhavam na reciclagem de materiais. Eles pagavam entre R$ 300 e R$ 600 por mês pelo atendimento, além de trabalharem com materiais recicláveis. Durante a vistoria, a polícia constatou que os reabilitandos viviam em situação inadequada.

A inspeção revelou que a despensa do local continha alimentos vencidos, impróprios para consumo e armazenados em condições insalubres. Os produtos – incluindo arroz, massas e proteínas como frango – estavam contaminados com fungos, larvas de insetos e apresentavam embalagens abertas. O ambiente era sujo, úmido e sem vedação, o que acelerava a deterioração dos mantimentos.

Diante das irregularidades, a Vigilância Sanitária Municipal lavrou um auto de infração e determinou que todos os alimentos eram inadequados para consumo. Já a Polícia Civil registrou um auto de apreensão e prendeu em flagrante o presidente da instituição, um homem de 32 anos, que estava sozinho no local no momento da fiscalização.

Ele foi autuado por manter em estoque e fornecer mercadorias impróprias para consumo, crime cuja pena varia de dois a cinco anos de reclusão. A investigação segue para apurar outras possíveis irregularidades na administração da casa de reabilitação.

“Há seis meses a Prefeitura tentava resolver o problema da casa de reabilitação, como as exigências não foram cumpridas, tornou-se indispensável fechar o estabelecimento através de um auto de interdição. Um laudo deixou muito clara a condição insalubre dos alimentos e por isso a prisão em flagrante. No máximo amanhã, o diretor da casa de reabilitação vai ser transferido para o presídio do Roma, em Volta Redonda, para aguardar a audiência de custódia, explicou o delegado. 

Não é a primeira vez que Piraí tem um episódio como esse. Em 2017 outro estabelecimento, semelhante a essa casa de reabilitação, também foi fechado na cidade. “Naquela ocasião não houve prisão, mas dessa vez, diante das provas colhidas, em especial, porque a prefeitura já tinha apreendido quase meia tonelada de alimentos estragados, em 2024, no mesmo local de hoje, era fundamental prender o responsável e evitar a continuidade dos crimes”, concluiu Antonio Furtado.

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