
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (dia 7) a Operação Avernus, que tem como objetivo combater a prática de evasão de divisas e lavagem de capitais adquiridos por meio de tráfico internacional de armas e drogas.
Na ação de hoje, policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços de investigados que movimentaram mais de R$ 50 milhões entre os anos de 2018 e 2023. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios do Rio de Janeiro (3), Angra dos Reis/RJ (1) e Nova Iguaçu/RJ (1).
Além das buscas, foi determinado o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, de interpostas pessoas e de empresas de fachada utilizadas pelo grupo para ocultação de patrimônio ilícito. Foram identificados veículos de luxo, embarcações e imóveis de alto padrão adquiridos por membros do grupo com valores arrecadados a partir das atividades criminosas.
A investigação é desdobramento da Operação Dakovo, deflagrada em 2023 nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais, além do Distrito Federal, a qual apurou a prática de tráfico internacional de armas de fogo. Ao longo das apurações, foi constatado que uma das lideranças de um grupo criminoso atuante no Rio de Janeiro utilizava serviços prestados por uma casa de câmbio vinculada aos investigados para movimentar valores em proveito das atividades ilícitas, além de terem sido identificadas empresas de fachada em nome de interpostas pessoas.
As apurações também revelaram que os investigados e as casas de câmbio utilizadas por eles no esquema possuíam vínculos com indivíduos investigados em outras operações da Polícia Federal, tais como a Operação Bahamut – que investigou a prática de lavagem de dinheiro oriundo de tráfico internacional de drogas – e a Operação Match Point – que visava reprimir o próprio tráfico internacional de drogas. Um dos alvos da deflagração de hoje também seria relacionado a um indivíduo preso por envolvimento com o Cartel de Cáli no Brasil.
A investigação segue diretriz adotada pela Polícia Federal no sentido de buscar a descapitalização de grupos criminosos, visto que os recursos financeiros são um dos pilares que possibilitam a prática de diversos delitos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem chegar aos 16 anos de prisão.