O plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta segunda-feira (dia 8), o projeto de resolução que recomenda a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão foi tomada em votação aberta, seguindo o rito constitucional para casos envolvendo parlamentares.
Na sessão, os deputados estaduais com base eleitoral na região Sul Fluminense apresentaram votos divergentes. Munir Neto (PSD), de Volta Redonda, e André Corrêa (PP), de Valença, votaram pela revogação da prisão, ou seja, a favor de que Bacellar fosse solto. Enquanto Jari Oliveira (PSB), também da Cidade do Aço, e Célia Jordão (PL), de Angra dos Reis, votaram contra a revogação, optando por manter o parlamentar preso.
Bacellar foi detido no dia 3 de dezembro, durante a Operação Unha e Carne, acusado de vazar informações sigilosas da Operação Zargun. A ação, deflagrada em setembro, levou à prisão do também deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias.
Segundo a Polícia Federal, Bacellar é suspeito de repassar dados confidenciais que teriam prejudicado as investigações sobre o envolvimento de TH Joias com o crime organizado. Para os investigadores, “a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun”.
A operação cumpriu um mandado de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de medidas cautelares, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os crimes investigados incluem organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A ação integra as diretrizes da ADPF das Favelas, que determinou o aprofundamento de investigações sobre organizações criminosas violentas e suas conexões com agentes públicos.
O caso TH Joias
TH Joias foi preso em 3 de setembro, acusado de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que ele negociava armas e acessórios para o Comando Vermelho (CV) e mantinha ligações estáveis com chefes da facção nos complexos do Alemão, Maré e Parada de Lucas.
A PF afirma ter identificado um esquema de corrupção envolvendo lideranças do CV, agentes políticos, policiais militares, um delegado federal e ex-secretários.
Foto: Reprodução











































