O fim de ano será de alívio para servidores de várias cidades do Sul Fluminense, e, para os de Volta Redonda, de uma inveja compreensível. Enquanto municípios da região confirmaram abonos que reforçarão a renda junto ao 13º salário, a maior cidade do Sul Fluminense descartou qualquer pagamento extra, apesar de administrar um orçamento superior a R$ 2 bilhões.
A confirmação veio na manhã de quinta-feira (dia 11), quando o prefeito Neto (PP) negou categoricamente qualquer abono aos servidores ativos, inativos e aposentados. Ele afirmou que o município enfrenta forte queda na arrecadação e que o foco é apenas manter a folha salarial em dia.
“Eu estou torcendo muito para poder pagar todo mês a folha de pagamento. Eu devo muito aos fiscais da prefeitura que têm nos ajudado muito, aos contadores, que têm dado uma força muito grande para esse processo de anistia que nós estamos dando. Graças aos contadores nós estamos conseguindo. Se não fosse eles, eu não poderia pagar no dia 29, de forma alguma. Aquilo que eu prometi continua de pé: que eu não vou atrasar um dia sequer o pagamento do funcionalismo público”, disse.
O prefeito reforçou que o limite financeiro do município está justamente aí. “Não está sendo fácil, mas nós vamos conseguir manter isso que eu prometi. Eu não vou atrasar um dia sequer o pagamento do funcionalismo público”.
Segundo Neto, a principal causa da dificuldade é a queda na participação do ICMS, maior fonte de receita da cidade. “Para a população ter uma ideia, a maior receita do município de Volta Redonda é o ICMS. A nossa participação chegou a ser 5,8; hoje é 1,8. É três vezes menor do que eu recebia. Só Deus sabe como está sendo difícil, mas graças a Deus estamos rigorosamente em dia”, explicou.
Mesmo com o cenário fiscal apertado, o prefeito destacou avanços em licitações e obras. “Todas as licitações nossas têm vindo mais de 30, 40 empresas participar. E o município de Volta Redonda está com 300 obras. Sou muito grato ao governador Cláudio Castro pela parceria.”
Sem entrar em detalhes, a Prefeitura de Barra Mansa também confirmou que não concederá abono aos servidores neste fim de ano.
Angra, Rio Claro e Piraí anunciam abonos e reforçam economia local
O cenário é bem diferente em Angra dos Reis. Lá, a Prefeitura pagará um abono já neste mês. Servidores ativos receberão R$ 350 no cartão alimentação no dia 17. Os demais terão direito a R$ 808,94, valor depositado nesta sexta-feira (dia 12), junto com a segunda parcela do 13º salário. Apenas os abonos vão injetar mais de R$ 2,5 milhões no comércio local.
O prefeito Cláudio Ferreti (MDB) afirmou que a medida valoriza o funcionalismo e estimula a economia. “Com o abono, os servidores poderão escolher o que comprar para complementar suas festividades no fim de ano. Além de ajudar as famílias angrenses, esses recursos vão fortalecer o comércio local, gerando um ciclo positivo para toda a cidade.”
Angra também deposita nesta sexta-feira a segunda parcela do 13º, somando impacto direto de aproximadamente R$ 4,6 milhões.
Cartão Natalino de R$ 1 mil
Em Rio Claro, o governo municipal criou o Cartão Natalino, de R$ 1 mil, um benefício inédito na cidade. Serão contemplados 1.730 servidores entre ativos, inativos, comissionados, contratados, conselheiros tutelares e agentes políticos. O investimento total será de R$ 1,73 milhão, destinado exclusivamente ao comércio local.
Terão direito ao cartão os servidores admitidos até 15 de novembro de 2025. O benefício será individual por CPF e terá validade de 90 dias, após esse prazo, valores não utilizados retornam aos cofres públicos. A entrega ocorrerá no dia 15, no Departamento de Pessoal.
Para o prefeito Babton Biondi (PP), o benefício reconhece o trabalho realizado ao longo do ano: “Nosso objetivo é valorizar cada servidor que contribui diariamente para o desenvolvimento de Rio Claro. Este benefício é uma forma de agradecer pelo empenho e dedicação de todos”.
Abono de R$ 500
Os servidores de Piraí também receberão um abono de fim de ano. O valor, R$ 500, será pago nesta sexta-feira (dia 12) a servidores ativos, inativos, pensionistas, agentes políticos, conselheiros tutelares, funcionários do Hospital Flávio Leal e da Apae.
O prefeito Luiz Fernando Pezão (MDB) afirmou que o benefício reforça uma política permanente de valorização. “Este foi um ano de conquistas importantes e de reorganização da Prefeitura. Valorizamos o servidor com ações contínuas, como o vale-refeição de R$ 500 mensais, a garantia de que nenhum servidor receba menos que um salário mínimo e o reajuste de 7% acima da inflação. O abono e a definição da data-base reforçam nosso compromisso com uma política responsável, transparente e que olha para o servidor de forma permanente”, afirmou Pezão.












































E o SAAE/VR, nada, nada, nada etc…
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