A prefeitura de Barra Mansa se pronunciou oficialmente, no final da manhã desta terça-feira (dia 14), sobre a operação que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça (TJRJ), em que o prefeito Rodrigo Drable (DEM) foi um dos alvos. No comunicado, a assessoria de imprensa do Executivo Municipal afirma que a representação partiu de um vereador de oposição [nota redação: Gilmar Lélis] e que Drable “foi acusado indevidamente de ter oferecido vantagens em votação na Câmara Municipal”.
A mesma nota da prefeitura ressalta que o parlamentar que fez a acusação votou contra a aprovação das contas, “assim como votou contra outras matérias importantes para o município, demonstrando que se trata de uma manobra política, reiterando a prática da oposição em fazer denúncias infundadas contra a prefeitura”.
Segundo a assessoria de comunicação do prefeito Rodrigo Drable, “o corpo jurídico do município já está trabalhando na elucidação dos fatos para corrigir esta injustiça neste importante momento de enfrentamento à pandemia da Covid-19”.
O prefeito afastado é acusado de oferecer R$ 30 mil de vantagem para que os vereadores de oposição votassem favoráveis à aprovação de suas contas, referentes ao exercício de 2018, que recebeu parecer prévio contrário do Tribunal de Contas Estadual (TCE-RJ). A votação, com resultado favorável a Drable, aconteceu no dia 12 de maio deste ano.
Com o afastamento de Rodrigo Drable, conforme determinação judicial, a prefeitura passa a ser comandada pela vice-prefeita, Fátima Lima (PRTB), de 65 anos.
Câmara informa que não foi comunicada de afastamento de parlamentares
A Câmara de Barra Mansa também se manifestou, no final da manhã desta terça-feira, sobre a operação realizada pelo Ministério Público e Polícia Civil, em que dois vereadores, sendo um dos deles o presidente da Casa, Paulo Chuchu (SD), foram alvos. No comunicado, é informado que o Legislativo oficialmente não foi comunicado do afastamento de Chuchu e Zélio Show (PRBT) de suas funções públicas.
A nota oficial ressalta, porém, que na ausência do presidente, as funções legislativas e administrativas da Casa são assumidas pelo 1º vice-presidente, Luís Antônio Cardoso (MDB), conforme regimento interno. “As sessões agendadas para esta semana serão reagendadas para este mês ainda, para cumprir o mínimo de reuniões mensais, exigido regimentalmente”, conclui o comunicado.