A Secretaria de Saúde de Volta Redonda estuda a antecipação da segunda dose da vacina AstraZeneca (Oxford) para que seja ministrada em oito semanas. A medida foi apresentada pela secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, em reunião do Cosems-RJ (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio), na última quarta-feira (dia 7).
Atualmente o intervalo entre as duas doses da vacina acontece em até 12 semanas. A antecipação, segundo o coordenador da Vigilância em Saúde de Volta Redonda, médico sanitarista Carlos Vasconcellos, visa garantir de forma mais rápida a imunização da população, visto que há confirmação de novas variantes do novo coronavírus circulando no estado do Rio.
No início do mês, a presença da variante Delta – antes conhecida como indiana– foi registrada em dois municípios da Baixada Fluminense: São João de Meriti e Seropédica. Estudos mostram que a segunda dose é fundamental para proteção contra a Covid-19. Vasconcellos mencionou que, inicialmente, o município pretende priorizar a antecipação para as pessoas mais velhas, entretanto todo o estudo acerca da medida depende do estoque disponível de doses.
“A vacina AstraZeneca (Oxford/Fiocruz) tem estabelecida em sua bula que a aplicação da segunda dose pode ser feita entre 8 a 12 semanas. Por receio de falta de doses, o governo federal limitou em 12 semanas, que é o máximo do prazo, o intervalo. Na medida em que Volta Redonda tenha estoque, nós iremos reduzir aos poucos esse intervalo para que possamos proteger mais pessoas com as duas doses garantir que tenhamos a continuidade da redução do número de casos e de óbitos pela Covid-19 em Volta Redonda e tomando cuidado para que não haja também falta da vacina. No dia a dia, conforme o nosso estoque, iremos divulgar a data até onde a pessoa que tomou a primeira dose possa procurar para fazer a segunda dose”, explicou o médico sanitarista.
O Cosems entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) que aceitou a proposta da antecipação – após avaliação com o comitê científico– mas, até o momento, o Ministério da Saúde não se manifestou sobre o caso. Com o parecer contrário a medida, o Cosems pode se basear na legislação que corrobora na autonomia de estados e municípios na condução da campanha de vacinação tendo em vista o cenário pandêmico.