Em resposta ao ofício do Supremo Tribunal Federal, com determinação do ministro Luiz Edson Fachin, para prestação de informações sobre a operação realizada no Complexo da Maré, na manhã de terça-feira (dia 11), o governador Cláudio Castro reforçou que os protocolos estabelecidos pela ADPF 635 foram cumpridos.
– O Ministério Público e as secretarias municipal e estadual de Saúde e Educação foram comunicados previamente sobre a ação. Ativamos o planejamento de prevenção com ambulâncias no entorno, agentes estavam utilizando câmeras portáteis corporais. Todos os questionamentos feitos pelo STF serão respondidos nos autos do processo – destacou o governador, que lamentou novamente a morte do sargento J. Cruz.
O governador ressaltou que a operação teve seus objetivos cumpridos com inteligência e uso da tecnologia. Ao todo, 23 suspeitos foram presos e um adolescente apreendido.
– Os objetivos da operação foram atingidos e os resultados baseados em inteligência e tecnologia. Foram diversas apreensões, 24 suspeitos detidos, e destes, sete de Minas Gerais e um do Ceará. O que mostra a importância de uma ação como essa, que olha o problema da segurança como uma questão nacional, não exclusiva do Rio de Janeiro. E o estado precisa, sim, da ajuda das forças federais para que possamos fazer o verdadeiro combate ao crime – acrescentou Castro, lembrando que armas e drogas entram pelas fronteiras, pelos portos, pelos aeroportos, pelas estradas.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, reiterou a necessidade da operação para coibir a criminalidade e destacou que o Estado não será complacente com ações de bandidos.
– Criminosos vêm de outros estados e tentam se esconder em comunidades do Rio. Na capital está o maior desafio. O recado que fica é que, dentro da legalidade, vamos seguir nos aperfeiçoando, nos capacitando e investindo em tecnologia e inteligência para prestar o melhor serviço de Segurança Pública à população fluminense – ressaltou o secretário.
O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, lamentou a morte do sargento J. Cruz e se solidarizou com amigos e familiares, atestando a técnica e o planejamento estratégico operacional da ação.
– Nos despedimos hoje de um companheiro valente, aguerrido e que foi vítima daqueles que atuam contra a sociedade, mas que nos deixou honrando o cumprimento de nosso dever. E é justamente pelo seu esforço e de outras centenas de membros do BOPE, assim como de nossos milhares de policiais, que não vamos recuar e nos manteremos firmes e atuantes. Mesmo diante das ações inconsequentes desses criminosos, nós conseguimos capturar 24 dos envolvidos e retirar diversas armas de guerra de seu poderio no Complexo da Maré. Vamos continuar trabalhando de forma planejada e precisa nesse sentido, o de desarticular esses grupos que insistem em tentar tirar a paz dos cidadãos do Rio de Janeiro – pontuou o comandante-geral da PMERJ.
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