Policiais civis e militares do estado do Rio de Janeiro realizam, a partir desta segunda-feira (dia 21), uma operação de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher e ao feminicídio. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a “Operação Shamar” é mais uma iniciativa do calendário do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim deste tipo de crime, e ocorre em parceria com forças de segurança de todo o país.

Na Polícia Civil, o Departamento-Geral de Polícia de Proteção à Mulher (DGPAM) está à frente do trabalho, mas todos os departamentos participam da ação. Durante o período da operação, que vai até o dia 15 de setembro, as unidades irão cumprir mandados de prisão e intensificar a apuração dos procedimentos. Também está prevista a realização de ações preventivas, como palestras e debates.

Esta é a segunda grande iniciativa de combate à violência contra a mulher realizada pela Polícia Civil em agosto. Na “Operação Maria da Penha”, que marcou os 17 anos da implementação da Lei Maria da Penha, 43 pessoas foram presas e 20 armas de fogo foram apreendidas pelos agentes das 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) do estado. Esses números reforçam o trabalho que vem sendo feito pelo DGPAM. No primeiro semestre deste ano, as Deams realizaram 630 prisões e 55 apreensões de armas de fogo, concluíram cerca de 7 mil inquéritos e solicitaram mais de 11 mil medidas protetivas de urgência.

Já a Polícia Militar terá o Programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida coordenando as ações, com equipes fiscalizando o cumprimento de medidas protetivas e estreitando ainda mais os laços com as mulheres assistidas. A iniciativa também pretende priorizar os atendimentos acionados via Central 190, assim como os registrados através dos Apps 190 e Rede Mulher, relacionados à situações emergenciais envolvendo a violência doméstica e familiar contra a mulher, além das tentativas de feminicídio.

Vale destacar que, em quatro anos de existência, a Patrulha Maria da Penha da SEPM já realizou mais de 192 mil atendimentos, dos quais mais de 51.800 mulheres foram assistidas e 560 prisões foram realizadas, sendo a maioria em flagrante por descumprimento de medida protetiva expedida pela Justiça.

A “Operação Shamar” foi batizada em referência à palavra em hebraico para cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar.

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