Uma idosa de 72 anos foi presa em flagrante, na manhã desta quarta-feira (dia 18), em Barra do Piraí, pelo crime maus tratos a animal resultado em morte. A mulher foi localizada na casa onde reside, no bairro Ponte do Andrade, e encaminhada à 88ª DP, onde o caso foi registrado.

O delegado titular da unidade, Antonio Furtado, afirmou que na terça-feira (dia 17), por volta das 16h, uma equipe da Superintendência de Bem-Estar Animal da prefeitura respondeu a um chamado da idosa, que solicitou atendimento para seu cachorro. Segundo a tutora, o animal apresentava ferimentos graves no rosto. Entretanto, ao chegar à residência, a equipe de resgate encontrou o cão desnutrido e desfigurado, apresentando miíase severa na cabeça, uma condição popularmente chamada de “bicheira”.

Furtado explicou que já na manhã desta quarta-feira, com o auxílio da Polícia Militar, a equipe retornou à propriedade da idosa e encaminhou o cão em estado grave para atendimento veterinário. O animal não resistiu e acabou morrendo enquanto recebia cuidados médicos. Além disso, ainda na casa da tutora, um segundo cão doente também foi atendido.

Em seu depoimento à polícia, a idosa afirmou que o cão ferido teria sido atacado por capivaras, que frequentemente invadem seu quintal. Ela alegou que os cães são bem cuidados e que não havia notado ferimentos anteriores no animal.

Furtado destacou que, de acordo com a avaliação da veterinária, a hipótese de ataque de capivaras foi descartada. Ele ressaltou que um ferimento daquela gravidade requer um período considerável de negligência para chegar a tal estado. Além disso, um laudo técnico confirmou o estado de maus tratos sofrido pelo animal.

“A versão contada pela tutora não me convenceu. Disse que os ataques das capivaras que destruíram metade da face do cachorro começaram há quatro dias, mas a veterinária declarou que a lesão grave no animal tem no mínimo um mês. Com base nas evidências, decidi efetuar a prisão em flagrante. A indiciada será submetida à audiência de custódia amanhã, dia 19. Caso seja condenada, a pena pode ultrapassar 6 anos de prisão”, concluiu o delegado.

Foto: Divulgação

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