A Eletronuclear alcançou um marco significativo ao entregar o relatório final da terceira Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Este documento, parte de um processo realizado a cada dez anos, visa garantir a eficiência e segurança contínua da usina. Desta vez, a atenção está voltada para o processo denominado Operação de Longo Prazo (LTO).
Entregue mais de dez dias antes do prazo estabelecido, o relatório passará agora pela avaliação da CNEN, sendo parte de um esforço para estender a operação de Angra 1 por mais duas décadas. José Augusto do Amaral, coordenador da diretoria técnica da Eletronuclear e responsável pelo LTO, destaca que a entrega incluiu a avaliação de 14 Fatores de Segurança, conforme diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
“Estamos satisfeitos com toda a interação que vem sendo promovida com a CNEN ao longo dos últimos anos e temos boas expectativas de alcançar o objetivo ao longo de 2024”, conta o especialista. Esses fatores abrangem áreas como desempenho de segurança, planejamento de emergência, impacto radiológico no meio ambiente, sistema de gerenciamento e cultura de segurança, qualificação de equipamentos e experiência de outras usinas.
LTO
O LTO é um projeto institucional da Eletronuclear que busca renovar a Licença de Operação de Angra 1, cuja vigência atual expira em dezembro de 2024. A empresa vem implementando medidas e avaliações técnicas para garantir a continuidade da geração de energia elétrica de forma limpa e segura, sem a necessidade de construir uma nova instalação.
Até agora, avanços significativos foram alcançados, incluindo a troca de geradores de vapor, aplicação de solda overlay nos bocais do pressurizador, substituição da tampa do vaso de pressão do reator e a troca de transformadores principais. Além disso, estão em andamento projetos de melhorias de segurança e modernização de sistemas, com um investimento de aproximadamente 400 milhões de dólares entre 2023 e 2028.
José Augusto do Amaral enfatiza a importância estratégica de prolongar a operação de usinas existentes, proporcionando ao Sistema Integrado Nacional (SIN) uma adição de 640 MW de capacidade a um custo altamente competitivo e eficiência operacional comprovada a partir de 2025.
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