O G-20 colocou o Rio de Janeiro no centro do mundo. É aqui que se reúnem os grupos das 19 maiores economias do planeta — a União Europeia e a União Africana — que, juntos, somam 80% do PIB e 65% da população mundial. Ser anfitrião de importantes encontros entre nações em desenvolvimento e emergentes reafirma a nossa vocação histórica de sediar grandes eventos internacionais. E esse é o cenário perfeito de oportunidades, especialmente políticas, econômicas e sociais.

Os cerca de 20 fóruns — que começaram este mês e seguem até 19 de novembro, com a reunião da cúpula do G20 — irão repercutir em todos os países. Nosso dever é pensar como a população fluminense pode se beneficiar a curto, médio e longo prazos. Mas não basta pensar, é preciso agir. Precisamos colocar em prática os conhecimentos que iremos adquirir com os maiores chefes de Estado e os melhores pesquisadores e acadêmicos especializados em finanças, meio ambiente, assistência social e outras importantes áreas.

Esse know how tem que ser aproveitado e potencializado, para o aprimoramento e criação de políticas públicas ainda mais eficientes. Um bom começo é trabalharmos alinhados aos objetivos sustentáveis estabelecidos pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), o que o Governo do Rio tem feito bem. Não obstante, é fundamental explorar, ainda mais, ações que contribuam para uma gestão pública focada na governança socioambiental (ESG), sustentabilidade e desenvolvimento inovador. Aliás, esses foram alguns dos primeiros temas discutidos pelos grupos no último dia 22 de fevereiro, uma iniciativa inédita e exclusiva para os eventos no Brasil.

Algumas ideias fundamentais podem ser aperfeiçoadas, para o avanço científico, social e financeiro. Por exemplo, contemplar, por meio da inovação, a sociedade de forma ampla e igualitária. Privilegiar a economia verde, com o baixo carbono e a preservação das áreas verdes. Prosseguir com a transformação digital (conceito de Governo Digital), oferecendo serviços públicos online para facilitar a vida de todos. Fortalecer a governança pública. Extrair maior eficiência da máquina administrativa. Sediar o G20 é algo para impactar a gestão de hoje e do futuro, aprimorada pelos conhecimentos de todos esses países reunidos.

Ao longo de 2024, muitos outros assuntos virão à tona. Precisamos aproveitar cada boa iniciativa. Mas, pensando no dia o hoje, o G20 reforça o protagonismo do Rio de Janeiro como palco — E QUE PALCO! — de debates e troca de experiências. Daqui sairão decisões que afetarão todo o planeta. Ganham os cariocas e fluminenses, os brasileiros e a população mundial.

Bruno Garcia Redondo

Professor da PUC-Rio e UFRJ / Procurador da UERJ / Advogado, doutor e mestre em Direito

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