Na última sexta-feira (dia 28), as empresas de transporte de Barra do Pirai interromperam suas operações e a população passou a contar apenas com os serviços da Bamonte. Segundo denúncias recebidas pelo jornal Folha do Aço, além de não divulgar seus horários, a nova empresa já acumula vários registros de veículos quebrados. E, inclusive, a informação é que a Prefeitura de Barra do Piraí está solicitando na Justiça que o valor do vale-transporte da população seja retirado de seus cartões pelo Sindpass e encaminhado ao Município para ser entregue à Bamonte.

“O crédito já inserido no cartão e na conta do trabalhador pertence a ele, e a mais ninguém. Obrigá-lo a ir ao posto do Sindpass para estornar esses valores, para que o Sindpass os repasse ao Município e este entregue à Bamonte, já seria uma barbaridade. Ainda mais no cenário atual, em que o cidadão de Barra do Piraí ainda precisa de tal crédito para usar nas linhas intermunicipais que continuam operando na cidade e nas cidades vizinhas. É um patrimônio do trabalhador, que pode e deve usá-lo como achar melhor”, diz trecho da denúncia.

Além disso, a reclamação destaca que “o crédito no cartão do usuário pertence única e exclusivamente ao trabalhador, conforme a Lei do Vale-Transporte nº 7418/85, haja vista que são descontados 6% de seu salário. O vale-transporte e qualquer outro tipo de cartão valorado, cujo empregador, seja empresa pública ou privada, desconta do salário do funcionário, pertencem ao trabalhador”.

O saldo de passagens existentes nos cartões pode ser utilizado sem prazo de validade, e o sistema Sindcard continuará operando normalmente, e a denúncia ainda relata que o interesse do Município é questionável já que a Bamonte está operando sem cobrar tarifa, ou seja, nenhum passageiro está sendo prejudicado. Além disso, é uma obrigação da empresa distribuir o novo vale-transporte que será usado em seus veículos, juntamente com a bilhetagem eletrônica

“O prefeito, na ânsia de encontrar alguém para pagar a conta por sua atitude precipitada, quer prejudicar os munícipes de Barra do Piraí para financiar os custos de uma empresa contratada de forma superfaturada”, afirma o relato que o jornal teve acesso.

O valor do contrato da Bamonte é de R$ 2,5 milhões de reais por mês.

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