Na última terça-feira (dia 12), a Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) de Volta Redonda anunciou a interdição da Rua 16, uma das principais da Vila Santa Cecília, para uma obra de drenagem pluvial. A previsão inicial era de que os trabalhos, envolvendo a cura do concreto e das caixas de captação de água da chuva, fossem concluídos em três dias. Contudo, o resultado foi mais um exemplo de desorganização e falta de planejamento por parte da administração municipal, que culminou em um verdadeiro caos no trânsito da cidade.
De acordo com a secretaria municipal de Comunicação (Secom), a obra seria devidamente sinalizada e contaria com guardas municipais para orientar o fluxo de veículos. No entanto, a realidade foi outra: a interdição gerou engarrafamentos intensos e motoristas desorientados, muitos dos quais foram obrigados a invadir faixas contrárias ou recorrer a ruas alternativas de forma arriscada para escapar da lentidão.
Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, as reclamações não demoraram a surgir. “Caos total. Não sabia nem por onde escapar. A interdição pegou todo mundo de surpresa e a sinalização foi insuficiente. Uma bagunça!”, escreveu um internauta. Outro comentário relatou que motoristas se viram obrigados a usar aplicativos de navegação para traçar rotas alternativas, que também ficaram congestionadas devido ao aumento do fluxo.
Esse cenário expõe um problema crônico na cidade: a falta de planejamento em serviços essenciais para o cotidiano dos cidadãos. A obra de drenagem, embora importante para prevenir alagamentos, poderia ter sido executada com antecedência e em horários de menor movimento, minimizando o impacto no trânsito.
Em tempos de constante necessidade de melhorias na infraestrutura urbana, a Prefeitura de Volta Redonda precisa entender que a execução de obras deve ser planejada com estratégias sólidas para mitigar impactos no trânsito e na vida dos cidadãos. Sem essa organização, o caos nas ruas persiste, penalizando a população por uma administração sem planejamento adequado.
Vereador Betinho cobra mudanças no trânsito da Ponte Alta
A cena é a mesma todos os dias nas proximidades do elevado Castelo Branco, no bairro Ponte Alta: engarrafamentos, trânsito intenso e inúmeras reclamações. Atendendo às queixas de moradores e motoristas, o vereador Betinho Albertassi (Republicanos) aprovou um requerimento na Câmara de Volta Redonda solicitando que a STMU elabore um estudo técnico para mudanças no trânsito na região.
O motorista de aplicativo Lucas Martinho, que passa pelo local diariamente, descreve a situação como exaustiva. “Transitar na Ponte Alta é sinônimo de passar raiva e perder tempo. O poder público precisa resolver isso com urgência”, disse.
Uma proposta de solução é implementar a mão inglesa no acesso ao viaduto e estabelecer mão única no trecho da via para quem vem de Barra Mansa para Volta Redonda.
Betinho Albertassi ressaltou a necessidade de uma revisão do trânsito em diversos pontos da cidade, pois o aumento da frota de veículos tornou ajustes essenciais. “Precisamos de ações urgentes, pois a situação tende a piorar. É necessário que a secretaria ouça a população e tome providências”, afirmou. A STMU tem 30 dias para apresentar uma resposta sobre o estudo de melhorias na Ponte Alta.
Motoristas sofrem com trânsito caótico mesmo após asfaltamento no bairro São Geraldo
A pavimentação recém-concluída da Rua Capitão Benedito Lopes Bragança, no bairro São Geraldo, pela Prefeitura de Volta Redonda, deveria ter trazido melhorias ao tráfego, mas o resultado foi bem diferente. Realizada pela Secretaria Municipal de Obras, a obra incluiu a fresagem e aplicação de novo asfalto desde a Avenida Amaral Peixoto até a Rua Tuiuti. Contudo, logo após o fim dos trabalhos na quarta-feira (dia 13), a falta de planejamento e gestão de trânsito gerou transtornos, deixando motoristas enfrentando congestionamentos pesados na região.
No dia seguinte, quem trafegava da região do bairro Vila Rica em direção ao São Geraldo enfrentou um engarrafamento de quase 30 minutos para chegar ao trevo da Rua Tuiuti. A situação foi agravada pela ausência de agentes de trânsito no local para orientar os motoristas. “Além do engarrafamento absurdo, não havia um único Guarda Municipal para organizar o fluxo. Total descaso”, desabafou Elvira Azevedo, motorista que precisou remarcar compromissos devido à lentidão.
Renan Reis, outro motorista afetado, também criticou a falta de planejamento da administração. “Uma obra desse porte, em uma via tão importante, merecia mais organização. Além de não avisarem a população, não tiveram a preocupação de organizar o trânsito”, afirmou. Marlene Freitas, moradora do bairro, lamentou os transtornos diários na via e cobrou ações mais eficazes da prefeitura: “Pagamos nossos impostos para ter infraestrutura, mas o que vemos são obras mal planejadas e sem acompanhamento. Os moradores sofrem com isso”.
Enquanto os moradores questionam o caos que se seguiu, o secretário de Obras, Jerônimo Teles, destacou que a via é fundamental para o bairro e que a renovação do asfalto seria “essencial para garantir um fluxo adequado”. Contudo, o fluxo continua precário, expondo a falha na gestão da obra que deveria ter incluído medidas para minimizar o impacto no trânsito.
O prefeito Neto também celebrou a obra, destacando a importância da rua para o bairro e a cidade. No entanto, para os motoristas, a realidade permanece caótica, refletindo uma administração que executa obras sem planejamento eficaz para o tráfego, deixando a população a mercê dos transtornos.