Secretária ferida em ataque dentro de escritório em Piraí recebe alta hospitalar; advogado não resistiu e morreu

A secretária de 43 anos esfaqueada durante um ataque em um escritório de advocacia no Centro de Piraí recebeu alta hospitalar no domingo (dia 2). Ela passou por cirurgia e se recupera bem, após ter sido ferida ao tentar defender o patrão, o advogado João Barros, de 61 anos, morto a facadas na última terça-feira (dia 28).

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o autor do crime era cliente do advogado e foi até o escritório para tratar de um impasse envolvendo o pagamento de uma causa judicial. O homem, identificado como Carlos Eduardo Amadeu Reis, de 58 anos, não aceitava que o valor fosse depositado em sua conta pessoal, alegando que tinha dívidas com a ex-esposa e temia o bloqueio do dinheiro pela Justiça.

Segundo o delegado Antonio Furtado, titular da 94ª DP (Piraí), o cliente pediu para conversar a sós com o advogado. Pouco depois, a secretária ouviu gritos e barulhos de luta. Ao abrir a porta, presenciou o advogado sendo golpeado. Ao tentar socorrê-lo, também foi atacada com diversas facadas.

“O advogado conseguiu sair da sala já perdendo muito sangue, enquanto a secretária tentou defendê-lo e acabou ferida. Um policial militar do Programa Segurança Presente, que passava pelo local, entrou no escritório e deu ordem de prisão ao agressor, que ignorou e continuou o ataque. O policial, então, reagiu e atirou para impedir a continuidade das agressões”, explicou o delegado.

O agressor morreu ainda no local. João Barros foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital Flávio Leal, mas não resistiu aos ferimentos. A secretária foi internada na mesma unidade e recebeu alta cinco dias depois, deixando o hospital andando e em acompanhamento ambulatorial.

Ainda segundo a Polícia Civil, Carlos Eduardo Amadeu Reis possuía antecedentes criminais. Em 2012, ele teria colocado fogo na própria casa após a esposa anunciar o divórcio e já havia sido denunciado por lesão corporal.

“Foi uma tragédia motivada por uma discussão banal. A ação rápida e corajosa do policial evitou que o caso tivesse um desfecho ainda mais grave”, afirmou o delegado Antonio Furtado.

O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio, com apuração de auto de resistência, para investigar a legalidade da ação policial e os crimes cometidos pelo agressor.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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