Bicinho, Naldinho e outros cinco líderes do CV são transferidos para presídios federais de segurança máxima

Sete dos principais líderes do Comando Vermelho no estado do Rio de Janeiro foram transferidos, nesta quarta-feira (dia 12), de Bangu 1 para presídios federais de segurança máxima. Entre eles estão Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho, e Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho, apontados pelas autoridades como chefes do tráfico em Volta Redonda e Resende, respectivamente.

A operação contou com forte esquema de segurança e envolveu equipes do Serviço de Operações Especiais (SOE), Grupo de Intervenção Tática (GIT) e Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Os presos foram escoltados até o Aeroporto Internacional do Galeão, de onde seguiram em uma aeronave da Polícia Federal.

A decisão foi determinada pela Vara de Execuções Penais (VEP) após a Operação Contenção, realizada no fim de outubro, que mirou integrantes de alta periculosidade do Comando Vermelho. Segundo o juiz Rafael Estrela Nóbrega, a medida busca “interromper a comunicação ilícita entre os presos e as organizações criminosas, preservando o interesse coletivo e a segurança pública”.

Os sete transferidos acumulam juntos 428 anos de condenação por crimes ligados ao tráfico de drogas, homicídios e associação criminosa. Entre eles estão nomes de peso dentro da facção:

  • Fabrício de Melo de Jesus (“Bicinho”) – Chefe do tráfico no bairro Dom Bosco, em Volta Redonda. Condenado a 65 anos e 8 meses.
  • Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”) – Liderava o tráfico em Resende e também exercia influência em Volta Redonda. Condenado a 81 anos e 4 meses.
  • Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça do Sabão”) – Atuação em Niterói; condenado a 60 anos.
  • Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”) – Um dos chefes do tráfico no Complexo do Roseiral, em Belford Roxo. Condenado a 100 anos.
  • Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”) – Condenado a 35 anos; ainda comandava pontos de venda de drogas no Rio e na Baixada.
  • Alexander de Jesus Carlos (“Choque”) – Liderança nas comunidades de Manguinhos e Morro São João. Condenado a 34 anos.
  • Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”) – Ligado ao tráfico no Complexo do Alemão. Condenado a 50 anos.

O governo estadual afirmou que a transferência é uma ação estratégica para conter a influência das facções dentro do sistema prisional. “Estamos reforçando as medidas de segurança e o controle do Estado sobre as unidades”, declarou o governador Cláudio Castro.

A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, ressaltou que a operação faz parte da Operação Contenção, voltada a garantir o equilíbrio do sistema prisional. “A integração entre as forças de segurança é essencial para manter a estabilidade e proteger a população fluminense”, afirmou.

Os presos permanecerão, por ora, em unidades estaduais de segurança máxima até a conclusão dos trâmites para o envio definitivo aos presídios federais.

Fotos: Rogério Santana/Divulgação 

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