Com a chegada do verão, aumentam os riscos para cães e gatos expostos às altas temperaturas. A veterinária Dayana Santos alerta que os animais não regulam a temperatura corporal da mesma forma que os humanos, o que exige atenção redobrada dos tutores. “Para os pets, o verão é tão intenso quanto para nós. Eles dependem da nossa rotina para passar por esse período com segurança”, afirma.
Segundo a profissional, a hipertermia está entre as ocorrências mais frequentes nessa época do ano. Cães transpiram apenas pelas patas e pela respiração, o que dificulta a troca de calor. Entre os principais sinais de alerta estão respiração ofegante, língua muito projetada, fraqueza, vômitos e desmaios. “Retirar do sol, oferecer água fresca e levar ao veterinário imediatamente é o protocolo básico”, orienta.
Dayana reforça que deixar o pet dentro do carro é extremamente perigoso, já que o interior do veículo aquece rapidamente. “Mesmo poucos minutos, aquela saidinha rápida, podem representar perigo real para o seu pet.”
A veterinária destaca ainda a importância da hidratação constante. A recomendação é manter água limpa e fresca à disposição em vários pontos da casa. Segundo ela, muitos animais acabam bebendo menos do que o necessário no calor. Para estimular o consumo, a especialista sugere oferecer água gelada, cubos de gelo e espalhar potes pela casa. Ambientes ventilados e livres de abafamento também são essenciais.
Os horários dos passeios devem ser adaptados: evitar o intervalo entre 10h e 16h, quando o chão pode causar queimaduras nas patas. “Se o dorso da sua mão não aguenta o calor do chão por cinco segundos, seu pet também não aguenta”, reforça Dayana. Os melhores períodos são o início da manhã e o final da tarde.
Mais recomendações
Aumento de parasitas
O verão favorece a presença de pulgas, carrapatos e mosquitos. A orientação é manter o controle antiparasitário em dia e evitar acúmulo de folhas, lixo e umidade em áreas externas.
Cuidados com a pelagem
A tosa higiênica é indicada, mas a veterinária alerta para não raspar demais o pelo, pois ele também protege contra queimaduras solares.
Proteção solar
Pets de pele clara ou com áreas pouco cobertas por pelo precisam de protetores solares próprios para animais. As regiões mais suscetíveis são focinho, orelhas e barriga.
Alimentação no calor
O ideal é oferecer refeições frescas e evitar alimentos expostos ao sol. Frutas permitidas, como melão, maçã sem sementes e melancia, ajudam na hidratação. Dayana lembra que uvas são proibidas.
Piscina e mar
A recomendação é lavar o animal após o banho de mar, supervisionar o uso da piscina e ficar atento à ingestão acidental de água e a possíveis sinais de otite. Ao final, a veterinária reforça que atitudes simples fazem diferença. “Com cuidados básicos, garantimos que os pets passem pelo verão sem complicações”, conclui.











































