O zagueiro Dedé, que está em Volta Redonda terminando de se recuperar de uma lesão no joelho direito que o deixou de fora dos gramados por mais de um ano, acionou à Justiça na tentativa de rescindir seu contrato com o Cruzeiro através de uma ação de cobrança de encargos trabalhistas na ordem dos R$ 35 milhões. O processo está tramitando na 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. A informação foi divulgada pelo Globo Esporte e confirmada pelo Uol.

Na ação, Dedé cobra um valor de R$ 35.258.058,64. Em uma tentativa de rescisão indireta, por meio de tutela antecipada, feita no dia 5 de janeiro, o juiz titular da Vara, Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues, negou os pedidos dos representantes do zagueiro.

Em outro pedido, desta vez do dia 8 de janeiro, Dedé também teve a rescisão negada. “Mantenho da decisão pelos seus próprios fundamentos. Cite-se a Reclamada para apresentar defesa”, concluiu o juiz Danilo Siqueira de Castro Faria.

A defesa do zagueiro afirma que a cobrança se deve a um “um período muito longo de dívidas salariais [cerca de 10 meses] mesmo com redução de 80% do valor contratual, dívidas com direito de imagem [no valor de R$ 300 mil mensais], premiações, depósitos do FGTS, além de seis meses de salários fixos da carteira não pagos [R$ 450 mil por mês].

Os atrasos salariais, que começaram em 2019, ano de rebaixamento do Cruzeiro para a série B, somam cerca de R$ 13,7 milhões, segundo a ação movida pelo jogador. Dedé tem contrato com o Cruzeiro até o fim de 2021. Seu último jogo com a camisa celeste foi em 19 outubro de 2019, na vitória por 2 a 1, contra o Corinthians.

Advogado de Dedé

Em comunicado enviado à imprensa na tarde desta segunda-feira (dia 11), o advogado do atleta, Carlos André de Freitas Lopez, se manifestou a respeito da ação judicial. Confira a seguir:

“Foi um período muito longo de dívidas salariais, mesmo com redução de 80% do valor contratual, além de dívidas com direito de imagem, premiações, fundo de garantia e muitas outras questões que vamos detalhar, somente, adiante ou no decorrer do processo.

Devido a tudo isso, nós, do staff jurídico do jogador, optamos, depois de muito tentar, por meio de conversas com o clube, pela rescisão contratual e cobrança judicial.

O jogador não tem culpa alguma dos descasos e má gestão na instituição e tampouco de ter se contundido, defendendo e conquistando títulos pelo Cruzeiro”. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

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