Matéria atualizada às 9h29min

O desembargador Antônio Carlos Bittencourt, de 69 anos, morreu por volta das 3h30min desta segunda-feira (dia 19), no interior de São Paulo. Ele estava em Campos do Jordão passando o final de semana quando sentiu-se mal e foi levado para um hospital na cidade de Taubaté. A morte do magistrado foi causada por insuficiência respiratória aguda.

O velório acontece na Câmara Municipal de Volta Redonda e o sepultamento do corpo de Antônio Carlos Bittencourt está marcado para amanhã (dia 20), às 9h, no Cemitário Portal da Saudade. Bittencourt foi juiz em Volta Redonda durante mais de 20 anos, atuando como titular da 2ª Vara Criminal. Neste período, ele também foi juiz responsável pelas apurações de eleições no município.

Em maio de 2011, ele foi empossado desembargador no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Carioca, mesmo depois de alçado ao TJRJ, permaneceu morando em Volta Redonda.

“A justiça tarda, mas não falha. Ninguém fica 26 ou 27 anos em uma mesma Vara sem que tenha o respeito de seus jurisdicionados, sem que tenha a compreensão de que faz o que pode para fazer a melhor justiça. O doutor Antonio Carlos é um homem acessível e de sensibilidade. Ele ficou estes anos todos em Volta Redonda porque teve o respeito de todos aqueles que com ele trabalharam: advogados, defensores, servidores, promotores e principalmente dos jurisdicionados”, disse na ocasião de sua posse o desembargador Manoel Alberto.

Formado pela Universidade Gama Filho em 1973, Bittencourt foi advogado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e da Companhia Estadual de Gás (CEG), por concurso público. Em 1978, ingressou no Ministério Público de São Paulo, no cargo de Promotor de Justiça, e entre 1979 e 1984, atuou na mesma função, porém, no MP do Estado do Rio de Janeiro.

Já em janeiro de 1984, ele ingressou na Magistratura do Rio, com atuações nas comarcas de Volta Redonda, Rio Claro, Paracambi e Porto Real, sempre na área criminal. O desembargador também era professor de Direito Penal e teve dois livros publicados, sendo um na área eleitoral e outro, na criminal.

Dizia que seu pai e Deus foram inspirações para a sua carreira na magistratura. “Eu segui o exemplo e me espelhei no meu pai. Ele era advogado, era um homem extremamente correto, de uma dignidade impressionante. E eu fui para carreira jurídica como advogado de empresa. Mas depois, meus amigos falavam para eu fazer concurso público. Fiz para o Ministério Público, mas depois eu vi que não era aquilo que eu queria. Eu queria ser julgador e foi uma decisão de Deus para mim”, afirmou ao ser empossado.

Casado com dona Vera, Bittencourt deixa também cinco filhos e quatro netos. “Um homem muito sério, honesto, justo e amigo”, lamentou o médico Luiz Gonzaga de Oliveira Lima, conhecido como Lula, um dos muitos do desembargador.

Foto: Arquivo / Divulgação

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