Com o apoio do Exército, PF deflagra operação contra esquema de fraude documental para compra de armas

A Polícia Federal prende o banqueiro Eduardo Plass em nova etapa da Operação Hashtag, desbodramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Com apoio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército Brasileiro – SFPC/1, a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (dia 10), a Operação CONFESSIO. O objetivo é desarticular esquema de fraude documental empregado para burlar a fiscalização e o controle na aquisição, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munições.

Na ação, cerca de 130 policiais federais, com apoio de militares do exército brasileiro, cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti, em diversos municípios e bairros do estado.

A investigação iniciou a partir de notícia crime que apontou a possível existência de reiterada e sistemática falsificação e uso de Certificados de Registro de Arma de Fogo (CRAFs) por criminosos que tinham a finalidade de ludibriar a fiscalização com o objetivo de trafegar e portar livremente arma de fogo.

No decorrer da investigação, verificou-se ainda a falsificação de documentos que instruem o processo de compra de arma de fogo por Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) e sua posterior utilização para compra e venda do armamento junto a estabelecimentos comerciais.

Os documentos falsos eram semelhantes aos expedidos pelo Exército Brasileiro, o qual em apoio à Polícia Federal informou sobre a falsidade documental. Segundo a investigação, foram falsificados os seguintes documentos: a) Certificados de Registro de Armas de Fogo (CRAFs); b) Guias de Tráfego; c) Certificados de Registro (CRs); d) Requerimento para Aquisição de Arma de Fogo e Acessório.

De acordo com a investigação, a falsificação de tais documentos envolveu despachantes, adquirentes, CACs e comerciantes de arma de fogo que permitiam aos adquirentes – que sequer se submeteram à avaliação psicológica e teste de capacidade técnica (elementos essenciais à aquisição de arma de fogo por CAC) – comprarem arma de fogo ilegalmente mediante a apresentação dos documentos falsos a comerciantes. Estes, por sua vez, entregavam o armamento, mesmo sem a Guia de Tráfego válida e sem efetuar a conferência de autenticidade documental, em desconformidade com os procedimentos estabelecidos na legislação federal em vigor.

Dentre os documentos instruídos na compra, encontraram-se declarações de próprio punho de alguns adquirentes – falsos CACs – afirmando estar sem o documento essencial ao recebimento do armamento (guia de tráfico válida) e estar plenamente consciente de que isso configura crime. Tal evidência motivou o nome da referida Operação Policial.

Os investigados responderão pelos crimes de falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, cujas penas máximas podem chegar respectivamente a seis, seis, 12 e quatro anos de prisão.

Divulgação PF

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