A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) concluiu mais uma negociação de compra, expandindo a sua participação no mercado de cimentos. Na manhã desta sexta-feira (dia 10), a empresa informou aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou, ontem (dia 9), contrato para adquirir 100% das ações da franco-suíça LafargeHolcim (Brasil).

O negócio foi avaliado pelo valor base de US$ 1,025 bilhão (equivalente a R$ 5,3 bi), sujeito a ajuste de preço e valor retido em conta-caução (Escrow), além dos demais termos e condições previstos em contrato. O fechamento da Operação, que envolve pagamento em caixa, está sujeito à aprovação por parte da autoridade concorrencial.

A aquisição da sociedade adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano (“MTPA”) por meio de plantas de cimentos estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados. “São esperadas relevantes sinergias operacionais, logísticas, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes”, destaca a empresa, por meio do comunicado denominado de Fato Relevante.

De acordo com o grupo, o movimento se insere na estratégia de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, “demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor”. Com o fechamento da operação, a CSN Cimentos passará a ter uma capacidade total de 16,3 MTPA e presença cada vez mais abrangente no território nacional como um produtor relevante e de baixo custo.

“A Companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados dos desdobramentos da Operação, nos termos da legislação aplicável”, conclui a nota. A CSN Cimentos é uma companhia fechada controlada pelo grupo e que concentra as operações de fabricação e comercialização de cimento.

Essa é a segunda aquisição feita pela CSN Cimentos neste ano. A companhia adquiriu em junho a Elizabeth Cimentos e a Elizabeth Mineração por R$ 1,08 bilhão, e a operação foi concluída em agosto. A compra adicionou 1,3 milhão de toneladas em capacidade à produção da cimenteira da CSN.

No segundo trimestre do ano, a CSN Cimentos teve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 147 milhões, crescimento de 42,8% em um trimestre, e representou 2,2% da receita líquida do Grupo, com receitas de R$ 343 milhões, alta de 23,6% em três meses.

Lafarge

A Lafarge também confirmou a conclusão do negócio, que inclui as cinco plantas integradas de produção de cimento que opera no país, quatro estações de trituração, seis unidades de agregação e 19 unidades de mistura de concreto.

A nota não informa a capacidade instalada das fábricas, ou detalhes sobre o desempenho financeiro da operação local. Na América Latina, as vendas de cimento da Lafarge, em toneladas, cresceram 28,3% no primeiro semestre, para 13,3 milhões de toneladas. As vendas líquidas saltaram 29,5%, para 1,269 bilhão de francos suíços.

“Estamos satisfeitos por termos encontrado na CSN um comprador responsável, que vai desenvolver a unidade brasileira a longo prazo”, diz Jan Jenisch, CEO da LafargeHolcim. 

De acordo com dados de 2017, a LafargeHolcim era a terceira maior produtora de cimento do país em capacidade instalada, atrás da Votorantim e da Intercement. No primeiro semestre, a CSN Cimentos tinha capacidade instalada para produzir 4,7 milhões de toneladas de cimento por ano, segundo documentos entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Foto: Arquivo/Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.