A demissão do advogado Tarcísio Xavier pela diretoria Administrativa do Sindicato dos Metalúrgicos, formalizada por meio do Ofício 21/2024 datado de ontem (dia 22), desencadeou uma nova onda de tensões e discordâncias dentro da entidade. 

O documento, assinado por seis membros da direção executiva, exige que todos os processos sob responsabilidade de Tarcísio sejam entregues até o dia 4 de março, visando garantir uma transição sem interrupções nos procedimentos em andamento.

Em áudios compartilhados em grupos de WhatsApp frequentados principalmente por diretores sindicais, Tarcísio Xavier expressou sua surpresa e desapontamento diante da decisão. O advogado criticou a maneira como a diretoria executiva conduziu sua demissão, classificando-a como “deselegante” e “desrespeitosa”.

“Postou-se esse documento, que eu recebi hoje à tarde, para que vocês tomassem ciência, não é para discutir, não é para debater, não é para discordar, não é para concordar. A decisão está tomada, quem tem poder decisão são cinco pessoas e elas que se arvoraram no direito de decidirem os nossos destinos”, afirmou Tarcísio, enfatizando seu descontentamento com a falta de diálogo e participação na decisão.

Além disso, Tarcísio aproveitou para relembrar sua longa trajetória como militante sindical e seu papel na condução de diversas lutas ao longo de décadas. Ele destacou sua dedicação à defesa dos direitos da classe, salientando: “Eu tenho história no movimento sindical. Vocês nem imaginam desde quando estou nessa luta. Eu participei de todas as lutas que houveram nessa empresa, desde 1984 até 2008”.

O advogado, entretanto, não se limitou a expressar sua decepção, mas também contestou a legitimidade da decisão dos cinco membros da direção executiva. argumentou que apenas o presidente do Sindicato, Edimar Miguel Pereira, teria poder para demitir ou contratar funcionários.

“Quem tem competência estatutária para demitir e contratar é o presidente do Sindicato, Edimar Pereira. Essas cinco pessoas estão querendo usurpar o papel do presidente. Usurpar. Só temos um presidente no Sindicato, que é o Edimar, não é o G5”, afirmou Tarcísio.

A demissão de Tarcísio Xavier não é apenas mais um episódio isolado, mas sim um capítulo a mais de uma ampla crise que vem se desenrolando dentro da sede da maior entidade sindical do Sul Fluminense. Os indícios de divisão e atrito entre diferentes grupos da direção executiva apontam para um cenário de fragmentação e desunião, além, é claro, do enfraquecimento do presidente Edimar Miguel.

Foto: reprodução da internet

1 COMENTÁRIO

  1. Tudo farinha do mesmo saco. Com certeza esse briga tem nome dinheiro usurpador do trabalhador. Tenham vergonha na cara e defenda quem mais sofre o trabalhador.

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