Em resposta ao aumento no número de casos de dengue, a Prefeitura de Angra dos Reis publicou um decreto de emergência de saúde pública que tem o objetivo de fortalecer a capacidade de resposta do município no combate à doença.

O decreto permite que o município, caso necessário, reforce as medidas de enfrentamento da dengue, com ações imediatas como contratação de mais profissionais da área de saúde e a aquisição de mais medicamentos.

– Como vocês sabem, os casos de dengue estão aumentando em todas as cidades do país e também aqui em Angra. Nossa equipe de saúde vem acompanhando com atenção e, por isso, a Prefeitura começou a se preparar, com antecedência, desde o final do ano passado. Esse decreto vai dar mais agilidade para tomarmos medidas emergenciais e fazer o que for necessário para dar o melhor atendimento para toda a população de Angra dos Reis – disse o prefeito Fernando Jordão.

Desde o final de 2023, as equipes de saúde municipal estão monitorando o aumento de casos e adotando medidas preventivas. O secretário de Saúde, Rodrigo Ramos, destacou as ações que já estão sendo implementadas para controlar a dengue e reforçou a importância da participação da população.

– Estamos intensificando as atividades de monitoramento, ampliando as equipes de campo e reforçando as campanhas de conscientização. A população precisa estar ciente dos riscos e participar ativamente no combate ao mosquito transmissor. Em Angra, 86% dos focos estão nas residências, por isso a importância de reforçamos cada vez mais os cuidados em nossas casas. Com apenas 10 minutos na semana, podemos combater o mosquito e salvar vidas – destacou o secretário de Saúde.

Neste ano, até o dia 7 de fevereiro, foram registrados 1.574 casos suspeitos de dengue em Angra, sendo 182 confirmados e 232 descartados; outros 1.187 seguem em investigação. Não há morte confirmada pela doença na cidade. No momento, dois óbitos seguem em investigação.

COMBATE AO MOSQUITO

Em Angra dos Reis, 86% dos focos do mosquito estão nas residências, por isso é tão importante a participação da população no combate à dengue. As principais ações que podem ser feitas em casa semanalmente e duram menos de 10 minutos: virar garrafas para baixo, remover os pratos dos vasos de planta, guardar pneus em ambientes cobertos, limpar as calhas, amarrar bem os sacos de lixo, manter a caixa d’água tampada e esvaziar recipientes de degelo em geladeiras.

As ações de rotina da Prefeitura para o controle do Aedes são: visitas domiciliares, busca ativa de focos do mosquito, instalação de armadilhas para remoção de ovos do Aedes e ações de educação em saúde. Em 2023, foram mais de 105 mil visitas, com uma média de 630 armadilhas instaladas por semana.

SINAIS E SINTOMAS

Em geral, o primeiro sintoma de dengue a surgir é a febre alta, que costuma durar de 2 a 7 dias. Outros são dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas pelo corpo.

Se algum desses sintomas surgir, a orientação é ir à unidade de saúde mais próxima e, principalmente, não tomar remédio por conta própria em nenhuma hipótese, pois isso pode agravar o quadro de saúde.

Um diagnóstico adequado e precoce é fundamental para evitar complicações decorrentes da forma grave da dengue, que inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

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