A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (dia 16), a “Operação Transoceânica”, que tem como um dos alvos o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Barreto (PDT). Agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão referentes à supostas irregularidades nas obras de um corredor de transporte que liga o Centro à Zona Sul de Niterói, que terminou R$ 34 milhões mais caro do que o previsto. Contratos de publicidade da prefeitura de Niterói também são investigados.

Além da residência do prefeito e da prefeitura, os 11 mandados, expedidos Tribunal Regional Federal (TRF), estão sendo cumpridos em endereços na Região Oceânica de Niterói, Botafogo, Barra da Tijuca, Centro do Rio, Gávea e Leblon. Além de Itaim Bibi e Pacaembu, em São Paulo. Os mandados foram autorizados pelo desembargador federal Marcello Granado a pedido do procurador regional da República, Carlos Aguiar. Mais de 50 agentes federais participam das ações desta manhã.

Em 2018, Neves chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado de integrar um grupo que desviou R$ 10 milhões em contratos de transporte da prefeitura de Niterói. No ano seguinte, ele foi solto e negou todas as acusações. Rodrigo está em seu segundo mandato a frente do município.

Em nota oficial, a prefeitura de Niterói se manifestou sobre o ocorrido, o qual classificou como “uma ação abusiva, típica de regimes autoritários, cujo objetivo político, a poucos dias do encerramento do seu mandato, tem o evidente interesse de desgastar a imagem de uma administração e um prefeito amplamente aprovados pela população de Niterói.” Foto: Divulgação

Confira a íntegra da nota:

Em relação à absurda ação de busca e apreensão realizada nesta manhã (dia 16), o prefeito Rodrigo Neves esclarece que nunca foi ouvido ou convidado a prestar qualquer esclarecimento sobre quaisquer assuntos.

Nenhum objeto de valor foi apreendido, apenas o seu celular pessoal. O prefeito não possui automóvel ou objeto de valor. Apesar de não ter informações sobre do que se trata a ação, o prefeito esclarece que a Transoceânica e o túnel Charitas Cafubá foram concluídos há tempos, cumprindo o planejamento da obra e melhoraram muito a qualidade de vida dos niteroienses.

A prestação de contas detalhada foi concluída e aprovada por órgãos de acompanhamento e financiamento, como a Caixa Econômica Federal.

O objetivo da ação sobre fatos ocorridos há muitos anos, sem que o prefeito jamais tenha sido ouvido, tem o claro objetivo de desgastar a administração e o prefeito que tem aprovação de mais de 85% da população e cujo sucessor obteve vitória retumbante no primeiro turno com 62% a 9%.

O prefeito repudia a utilização de aparato do Estado com a polícia para ações de perseguição política.

A administração de Rodrigo Neves assumiu em 2013 com dívidas superiores a R$500 milhões e vai entregar nos próximos dias à Prefeitura com mais de R$ 700 milhões em conta disponíveis.

Quando assumiu, o Fundo Municipal de Previdência tinha R$ 12 milhões e, hoje, tem mais de R$ 740 milhões. Como todos os processos da Prefeitura de Niterói, todas as informações sobre a obra estão disponíveis no Portal de Transparência. O planejamento e a execução da obra foram feitos com custo menor do que todos os projetos similares, no Brasil e na América do Sul.

Trata-se de uma ação abusiva, típica de regimes autoritários, cujo objetivo político, a poucos dias do encerramento do seu mandato, tem o evidente interesse de desgastar a imagem de uma administração e um prefeito amplamente aprovados pela população de Niterói e reconhecidos pela qualidade e transparência da gestão no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil.

O prefeito vem sofrendo ataques e perseguições, sobretudo a partir do ano de 2018, mas nada foi encontrado contra ele. O prefeito e sua defesa tomarão todas as medidas para identificar a origem desta perseguição política e responsabilizar os seus autores.”

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